Letras e números. Ambos, minha paixão. É claro que não sou que nem uma mãe, nem como um pai que ama igualmente a seus filhos. Eu fiz uma escolha. escolhi como profissão, os números. Mais para viver, escolhi as letras. Não são os números que explicam a crueldade do Mundo. Eles apenas mostram dados que comprovam o que as letras me dizem. Peço perdão aos números por amar demais as letras. E às letras, por abandoná-los quando prefiro dar atenção aos números. Nas noites que troco os livros literários pelos pelos livros exatos. Oh!Eu não tenho culpa do meu interior ter nascido exato, e o gosto pelas letras se firmou em mim quando pequena, com o primeiro livro clássico que eu li, "Memórias Póstumas de Brás Cubas", - filha, pegue e leia este livro, você vai gostar, é de um homem que morre, e depois de morto, resolve contar sua história.- Por mais irônico que pareça, quem deu inicio a faísca literária em mim, não foi minha mãe, uma amante das letras, e sim o meu pai, um amante dos números. E por mais incrível que pareça, foram os dois que disseram não, pra profissão literária que eu havia escolhido. A vida é uma caixinha de surpresas e temos que tomar cuidado com ela. O Mundo não é tão literário quanto gostaria, e os governos temem o pensar, temem o questionar dos livros, temem sua liberdade. Por isso, escolhem a exatidão, escolhem aplicar o não pensar, o repetir, praticar, rotinar.Ah! Livros, me perdoem por abandoná-los. E números, me perdoem por sentir tanta a falta das letras. Em vocês, números, posso provar tudo, todos os fenômenos, todas as fórmulas, toda a natureza. Com as letras, posso provar o homem, posso me provar e me libertar, me encontrar, e localizar. É linda essa liberdade existente entre vocês e a relação existente. No mais, peço licença para adorá-los, e atencionar a uns mais que outros.
sábado, 25 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Um sufocamento no ônibus
Eu realmente estava feliz aquele dia. Tudo estava indo bem, o dia estava belo, o ar era leve, e parecia que teria um fim de dia perfeito. Mais, quando entrei no ônibus para ir para casa, uma mulher se sentou perto de mim, o suficiente para que eu ouvisse sua conversa. Aquela mulher começou a me sufocar, com suas palavras e com o ar pesado que espalhava. Apesar de parecer uma bela história, algo nela me tirava o ar, me sufocava, bloqueava meus pulmões e me impedia de sentir a alegria de antes... Por quanto tempo eu ainda teria que aguentá-la? seria muito? seria o suficiente para me roubar toda a alegria e leveza que eu sentira a pouco? Só o depois poderia me dizer. Quando chegou o ponto, desci, e respirei fundo... esta livre. Depois disso, me veio uma onda de alívio, raiva, tristeza, angústia, que foram se misturando, equilibrando, e estabilizou. Quando cheguei em casa, a alegria volto. Pulei, contei minha alegria, e esqueci momentaneamente aquela mulher. Liguei o Chico para relaxar.
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