Esta manhã, quando eu estava indo para a escola, ao me olhar no espelho externo, vi uma pessoa.
Essa pessoa era eu, mais ao mesmo tempo não era. Era alguém estranho, com olheiras, triste, preocupada. De fato, estava preocupada. Mais não me via. Eu via Macabea, como tantas outras vezes eu vejo, eu era Macabea, eu era Leandra, eu era e sou ninguém. Muitas vezes tenho a sensação de ser vista como Macabea, ou melhor, de não ser vista, nem respeitada, nem lembra, nem.. vista. Naquele momento me deu vontade de desenhar! Mais não, deixe para depois Leandra-Macabea, deixe para depois... Depois, na aula de Geografia, enquanto o Hugo falava de pobreza, eleição, motivos e legalização de drogas, eu desenhei, desenhei e me libertei daquele instante. Mais parte de mim ainda é Macabea e parte dela ficou no desenho...
Poucas vezes eu consigo ter inspiração para desenhar, mais quando sai! Me sinto livre....
Um comentário:
Lê... incrível! Não há o que falar pois já está tudo posto.
Muito obrigado pelas lindas palavras que você escreveu no livro. Certamente nossa relação está apenas no início...
Grande abraço!
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