terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fome desesperada

Numa dessas manhas de prova, eu saí de casa e caminhei até o ponto de ônibus. Me sentei e peguei os meus resumos de Literatura para ir estudando enquanto esperava a chegada do ônibus. Em um certo momento, depois de entrar naquela atmosfera literaturesca, um cachorro me chamou a atenção. Era um animal esquálido, aparentemente anêmico, que talvez não se alimentasse a dias. Ele andava pela calçada freneticamente, desesperadamente em busca de algum resto de comida ou algo que o pudesse matar sua fome. Remexendo aquela água suja da rua e mordendo pedaços de papel molhado, eu olhei para ele e ele para mim. naquele momento, não vi um cachorro, vi como se fosse uma pessoa a procura de comida. Que tal ponto chega a humanidade? O que mais me chocou foi a imagem do cachorro. depois ele continuou sua busca, foi, voltou, foi.... aí como se algo chegasse para que eu esquecesse, o ônibus chegou, e ele ficou...