sábado, 17 de janeiro de 2009

Algo mágico


Bem...

as vezes, paro e penso, quem sou eu, o que faço aqui...

como será a morte... como será morrer? mais, aí me vem a cabeça, coisas tão lindas e felizes da minha vida, que o triste, já não importa naqule momento... as vezes, tenho flash-blacks que paracem outra vida...

a infancia... morando em outra cidade... já é tarde... o sol já se foi, e lá estou eu... em uma rua com pegras pentagonais, brincando com os vizinhos da rua...

não tem perigo, a rua não tem saída.... aí dá o horário, e eu vou para dentro, uma casa amarela, com portãobranco, e com um vasto quintal, onde tantas vezes caí...hehe... aí eu vou para a sala e lá espero a chegada de meu pai....

outro....

é sábado, (eu acho, pois estão todos em casa) minha está na cozinha, e eu, papai e minha irmã estamos sentados no poço da casa... a lá, estamos brincada... é uma imagam que sempre vai, ficar na minha cabeça...

outra... estamos na cozinha... e o cheiro de jabuticaba está no ar.... um cheiro doce de geléia de jabuticaba da mamãe... aí que saudade...

apesar de tudo, as vezes ma arrependo de não ter subido tanto em árvores, nem de ter aprontado... mais mesmo assim.. tiver uma ótima infancia... a eu tive...

Eu conserteza tive os melhor pais do MUNDOOO por que eu sei o que eles passaram... e ninguém mais merece ser feliz quanto eles!!!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Helena


Capítulo I

O conselheiro Vale morreu às 7 horas da noite de 25 de abril de 1859. Morreu de apoplexia fulminante, pouco depois de cochilar a sesta, — segundo costumava dizer, — e quando se preparava a ir jogar a usual partida de voltarete em casa de um desembargador, seu amigo. O Dr. Camargo, chamado à pressa, nem chegou a tempo de empregar os recursos da ciência; o padre Melchior não pôde dar-lhe as consolações da religião: a morte fora instantânea.
No dia seguinte fez-se o enterro, que foi um dos mais concorridos que ainda viram os moradores do Andaraí. Cerca de duzentas pessoas acompanharam o finado até à morada última, achando-se representadas entre elas as primeiras classes da sociedade. O conselheiro, posto não figurasse em nenhum grande cargo do Estado, ocupava elevado lugar na sociedade, pelas relações adquiridas, cabedais, educação e tradições de família. Seu pai fora magistrado no tempo colonial, e figura de certa influência na corte do último vice-rei. Pelo lado materno descendia de uma das mais distintas famílias paulistas. Ele próprio exercera dois empregos, havendo-se com habilidade e decoro, do que lhe adveio a carta de conselho e a estima dos homens públicos. Sem embargo do ardor político do tempo, não estava ligado a nenhum dos dois partidos, conservando em ambos preciosas amizades, que ali se acharam na ocasião de o dar à sepultura. Tinha, entretanto, tais ou quais idéias políticas, colhidas nas fronteiras conservadoras e liberais, justamente no ponto em que os dois domínios podem confundir-se. Se nenhuma saudade partidária lhe deitou a última pá de terra, matrona houve, e não só uma, que viu ir a enterrar com ele a melhor página da sua mocidade.
A família do conselheiro compunha-se de duas pessoas: um filho, o Dr. Estácio, e uma irmã, D. Úrsula. Contava esta cinqüenta e poucos anos; era solteira; vivera sempre com o irmão, cuja casa dirigia desde o falecimento da cunhada. Estácio tinha vinte e sete anos, e era formado em matemáticas. O conselheiro tentara encarreirá-lo na política, depois na diplomacia; mas nenhum desses projetos teve começo de execução.
O Dr. Camargo, médico e velho amigo da casa, logo que regressou do enterro, foi ter com Estácio, a quem encontrou no gabinete particular do finado, em companhia de D. Úrsula. Também a dor tem suas volúpias; tia e sobrinho queriam nutri-la com a presença dos objetos pessoais do morto, no lugar de suas predileções quotidianas. Duas tristes luzes alumiavam aquela pequena sala. Alguns momentos correram de profundo silêncio entre os três. O primeiro que o rompeu, foi o médico.
— Seu pai deixou testamento?
— Não sei, respondeu Estácio.
Camargo mordeu a ponta do bigode, duas ou três vezes, gesto que lhe era habitual quando fazia alguma reflexão.
— É preciso procurá-lo, continuou ele. Quer que o ajude?
Estácio apertou-lhe afetuosamente a mão.
— A morte de meu pai, disse o moço, não alterou nada as nossas relações. Subsiste a confiança anterior, do mesmo modo que a amizade, já provada e antiga.
A secretária estava fechada; Estácio deu a chave ao médico; este abriu o móvel sem nenhuma comoção exterior. Interiormente estava abalado. O que se lhe podia notar nos olhos era uma viva curiosidade, expressão em que, aliás, nenhum dos outros reparou. Logo que começou a revolver os papéis, a mão do médico tornou-se mais febril. Quando achou o testamento, houve em seus olhos um breve lampejo, a que sucedeu a serenidade habitual.
— É isso? perguntou Estácio.
Camargo não respondeu logo; olhou para o papel, como a querer adivinhar o conteúdo. O silêncio foi muito demorado para não fazer impressão no moço, que aliás nada disse, porque o atribuíra à comoção natural do amigo em tão dolorosas circunstâncias.
— Sabem o que estará aqui dentro? disse enfim Camargo. Talvez uma lacuna ou um grande excesso.
Nem Estácio, nem D. Úrsula, pediram ao médico a explicação de semelhantes palavras. A curiosidade, porém, era natural, e o médico pode lê-la nos olhos de ambos. Não lhes disse nada; entregou o testamento a Estácio, ergueu-se e deu alguns passos na sala, absorvido em suas próprias reflexões, ora arranjando maquinalmente um livro da estante, ora metendo a ponta do bigode entre os dentes, com a vista queda, alheio de todo ao lugar e às pessoas.
Estácio rompeu o silêncio:
— Mas que lacuna ou que excesso é esse? perguntou ao médico.
Camargo parou diante do moço.
— Não posso dizer nada, respondeu ele. Seria inconveniente, antes de saber as últimas disposições de seu pai.
D. Úrsula foi menos discreta que o sobrinho; após longa pausa, pediu ao médico a razão de suas palavras.
— Seu irmão, disse este, era boa alma; tive tempo de o conhecer de perto e apreciar-lhe as qualidades, que as tinha excelentes. Era seu amigo; sei que o era meu. Nada alterou a longa amizade que nos unia, nem a confiança que ambos depositávamos um no outro. Não quisera, pois, que o último ato de sua vida fosse um erro.
— Um erro! exclamou D. Úrsula.
— Talvez um erro! suspirou Camargo.
— Mas, doutor, insistiu D. Úrsula, por que motivo nos não tranqüiliza o espírito? Estou certa de que não se trata de um ato que desdoure meu irmão; alude naturalmente a algum erro no modo de entender... alguma coisa, que eu ignoro o que seja. Por que não fala claramente?
O médico viu que D. Úrsula tinha razão; e que, a não dizer mais nada, melhor fora ter-se calado de todo. Tentou dissipar a impressão de estranheza que deixara no ânimo dos dois; mas da hesitação com que falava, concluiu Estácio que ele não podia ir além do que havia dito.
— Não precisamos de explicação nenhuma, interveio o filho do conselheiro; amanhã saberemos tudo.
Nessa ocasião entrou o padre Melchior. O médico saiu às 10 horas, ficando de voltar no dia seguinte, logo cedo. Estácio, recolhendo-se ao quarto, murmurava consigo:
— Que erro será esse? E que necessidade tinha ele de vir lançar-me este enigma no coração?
A resposta, se pudesse ouvi-la, era dada nessa mesma ocasião pelo próprio Dr. Camargo, ao entrar no carro que o esperava à porta:
— Fiz bem em preparar-lhes o espírito, pensou ele; o golpe, se o houver, há de ser mais fácil de sofrer.
O médico ia só; além disso, era noite, como sabemos. Ninguém pôde ver-lhe a expressão do rosto, que era fechada e meditativa. Exumou o passado e devassou o futuro; mas de tudo o que reviu e anteviu, nada foi comunicado a ouvidos estranhos.
As relações do Dr. Camargo com a família do conselheiro eram estreitas e antigas, como dissera Estácio. O médico e o conselheiro tinham a mesma idade: cinqüenta e quatro anos. Conheceram-se logo depois de tomado o grau, e nunca mais afrouxara o laço que os prendera desde esse tempo.
Camargo era pouco simpático à primeira vista. Tinha as feições duras e frias, os olhos perscrutadores e sagazes, de uma sagacidade incômoda para quem encarava com eles, o que o não fazia atraente. Falava pouco e seco. Seus sentimentos não vinham à flor do rosto. Tinha todos os visíveis sinais de um grande egoísta; contudo, posto que a morte do conselheiro não lhe arrancasse uma lágrima ou uma palavra de tristeza, é certo que a sentiu deveras. Além disso, amava sobre todas as coisas e pessoas uma criatura linda, — a linda Eugênia, como lhe chamava, — sua filha única e a flor de seus olhos; mas amava-a de um amor calado e recôndito. Era difícil saber se Camargo professava algumas opiniões políticas ou nutria sentimentos religiosos. Das primeiras, se as tinha, nunca deu manifestação prática; e no meio das lutas de que fora cheio o decênio anterior, conservara-se indiferente e neutral. Quanto aos sentimentos religiosos, a aferi-los pelas ações, ninguém os possuía mais puros. Era pontual no cumprimento dos deveres de bom católico. Mas só pontual; interiormente, era incrédulo.
Quando Camargo chegou a casa, no Rio Comprido, achou sua mulher, — D. Tomásia, — meio adormecida numa cadeira de balanço e Eugênia ao piano, executando um trecho de Bellini. Eugênia tocava com habilidade; e Camargo gostava de a ouvir. Naquela ocasião, porém, disse ele, parecia pouco conveniente que a moça se entregasse a um gênero de recreio qualquer. Eugênia obedeceu, algum tanto de má vontade. O pai, que se achava ao pé do piano, pegou-lhe nas mãos, logo que ela se levantou, e fitou-lhe uns olhos amorosos e profundos, como ela nunca lhe vira.
— Não fiquei triste pelo que me disse, papai, observou a moça. Tocava por distrair-me. D. Úrsula como está? Ficou tão aflita! Mamãe queria demorar-se mais tempo; mas eu confesso que não podia ver a tristeza daquela casa.
— Mas a tristeza é necessária à vida, acudiu D. Tomásia, que abrira os olhos logo à entrada do marido. As dores alheias fazem lembrar as próprias, e são um corretivo da alegria, cujo excesso pode engendrar o orgulho.
Camargo temperou esta filosofia, que lhe pareceu demasiado austera, com algumas idéias mais acomodadas e risonhas.
— Deixemos a cada idade a sua atmosfera própria, concluiu ele, e não antecipemos a da reflexão, que é tornar infelizes os que ainda não passaram do puro sentimento.
Eugênia não compreendeu o que os dois haviam dito. Voltou os olhos para o piano, com uma expressão de saudade. Com a mão esquerda, assim mesmo de pé, extraiu vagamente três ou quatro notas das teclas suas amigas. Camargo tornou a fitá-la com desusada ternura; a fronte sombria pareceu alumiar-se de uma irradiação interior. A moça sentiu-se enlaçada nos braços dele; deixou-se ir. Mas a expansão era tão nova, que ela ficou assustada e perguntou com voz trêmula:
— Aconteceu lá alguma coisa?
— Absolutamente nada, respondeu Camargo, dando-lhe um beijo na testa.
Era o primeiro beijo, ao menos o primeiro de que a moça tinha memória. A carícia encheu-a de orgulho filial; mas a própria novidade dela impressionou-a mais. Eugênia não creu no que lhe dissera o pai. Viu-o ir sentar-se ao pé de D. Tomásia e conversarem em voz baixa. Aproximando-se, não interrompeu a conversa, que eles continuaram no mesmo tom, e versava sobre assuntos puramente domésticos. Percebeu-o; contudo, não ficou tranqüila. Na manhã seguinte escreveu um bilhete, que foi logo caminho de Andaraí. A resposta, que lhe chegou às mãos no momento em que provava um vestido novo, teve a cortesia de esperar que ela terminasse a operação. Lida finalmente, dissipou todos os receios da véspera.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Se eu fosse voce 2







Olá!!
Depois de Muiitoo tempo (4 semanas) Estou de volta!!
Passou Natal,, data tão esperada por mim, passou Ano novo, e agora chegou 2009!!!
Bom, ontem, fui a cinema, e por lá, pensei" Bom, por que não posso dar dicas para quem lê aqui?!" ( se é que alguém lê, né?)
pois, aqui está minha recomendação!! O filme "Se Eu Fosse Voce 2" Vale a pena ir se voce está afim dar muita risada, por que ver o Tony Ramos imitar uma mulher, é muito bom!!
Estou louca para ver " A troca" ou " Marley e Eu"...
A história é o seginte: alguns anos após a primeira experiência de troca de corpos. Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Gloria Pires) resolvem se separar e para piorar a situação descobrem que Bia (Isabelle Drummond), agora com 18 anos, vai se casar – e que serão avós. Em meio a essa crise, trocam novamente de corpos.
Bom... até mais e Feliz 2009