terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma visita ao condomínio eterno....

Uma das irmãs queria fazer algo, que só poderia ser feito naquela cidade....
A outra não teve coragem de fazer quando eve oportunidade, mais aquela era a oportunidade, aquele era o momento certo.
As duas garotas saíram com o pai naquela manhã de sábado. O dia estava mais lindo que possível. 
O trio entrou no carro e seguiram em direção ao destino.
O pai parou o carro no mesmo local onde havia parado à dois meses antes. Eles entraram. Caminharam pelos túmulos, procurando o túmulo ao qual o avô havia sido enterrado. Após alguma procura, rápida, o pai encontrou. Era um túmulo grande, simples, ao qual guardava morada dos membros da família.  Naquele momento, uma delas sentiu realmente que o avô estava bem, estava melhor do que nunca estivera.
Ela sentiu a brisa leve que passava, parecia que ele estava lá, acalentando os corações  das netas. Era uma brisa que aliviava o calor da manhã e parecia ter o objetivo de acalmar. Sentiu também a leveza do lugar. Apesar de ser um cemitério, possuía uma  leveza, uma paz, como se os espíritos daquelas pessoas esperassem a visita de seus parentes, como  se quisessem acalmá-los de suas dores, de suas perdas... como se o ambiente fosse próprio. 
O vaso de flores feitas de plástico chamou a atenção da menina. Qual o objetivo real daquele vaso no túmulo?
Seria eternizar a imagem dos mortos? Ela tinha certeza que não. Para ela, uma flor verdadeira valia mais que uma falsa. Para ela,  flores falsas eram como abandono, como se o ato de visitar o túmulo, fosse uma obrigação, e aquelas flores simbolizassem o fim dessa obrigação... não visitar, não trocar as flores... não ter que ir.... 
Ela pensou no avô.. pensou no por que ele estava enterrado lá, por estava junto da família a quem havia brigado, pensou na família, lembrou dos momentos com ele... sentiu sua falta... mais parecia que ele ainda estava lá, naquela brisa, naquelas nuvens, naquele sol lindo.... parecia que ele se transformara na paz encontrada a casa dele agora... sim, ele ainda estava lá....
Após um certo período, o pai às chamou. O pai mostrou o túmulo de seus padrinho... um homem bom...
depois caminharam até a porta... o pai fez alguns comentários sobre condomínio  eterno, festa que os mortos deveriam fazer a noite... algumas gracinhas como de costume... então, entraram no carro e seguira para a antiga casa do morto. 

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